Crime teria ocorrido entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, em período que o paciente já deveria ter sido liberado por alta médica
Equipe O LONDRINENSE
Cinco pessoas – dois diretores e três enfermeiras – da Clínica Psiquiatra de Londrina e Vila Normanda foram denunciadas na Operação Hipócrates, pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O grupo está sendo acusado de falsidade ideológica, peculato, cárcere privado, maus tratos e perigo à saúde de outrem. Segundo a denúncia, o grupo não teria liberado um paciente com alta médica, deixando-o na instituição por 20 dias a mais que o necessário e não teria registrado no prontuário médico o estrupo que o paciente sofreu no período que passou a mais na instituição.
A Promotoria de Saúde de Londrina apontou que a denúncia partiu de uma investigação de fato ocorrido entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, quando a mãe de um paciente registrou Boletim de Ocorrência (BO) depois do filho reclamar com insistência sobre a clínica Londrina, onde teria sido estuprado por outros cinco pacientes. Segundo informações da CBN Londrina, a defesa dos proprietários das clínicas acredita que as denuncias não demonstram as verdades dos fatos, ressaltando que houve fiscalizações periódicas três vezes por semana, pelo município e pelo próprio MP.
Apesar das investigações e denuncia contra os proprietários das clínicas, as unidades ainda prestam serviços ao município. O MP pede o desligamento da prestação dos serviços por parte da prefeitura de Londrina. A Secretaria de Saúde alega que não há locais disponíveis para receber todos os 260 pacientes. O Hospital Evangélico disponibilizou 30 leitos para atendimento psiquiátrico mas não é suficiente.
Foto: Google Maps