O LONDRINENSE tentou buscar informações sobre como está a questão da alimentação dos alunos depois de oito meses de paralisação das aulas presenciais e nem foi recebido pela secretária de Educação
Telma Elorza
O LONDRINENSE
Oito meses depois da paralisação das atividades escolares, como anda a distribuição da merenda escolar para os alunos da rede municipal de Londrina? Ninguém sabe, ninguém viu. A última informação sobre a merenda escolar foi publicada no blog.londrina.pr.gov.br em 20 de março deste ano, anunciando a entrega de kits de alimentação às crianças cujas famílias são beneficiárias do programa Bolsa Família, num total de três mil famílias. Londrina tem 45 mil alunos matriculados na rede municipal. E as crianças que não estão no Bolsa-Família, mas que os pais perderam o emprego e a fonte de renda durante a pandemia? Como ficaram?
Outra medida anunciada seria a instalação de 31 polos instalados em escolas municipais, em bairros carentes da cidade, para servir cerca de 4.500 refeições aos alunos, 10% da quantidade servida antes da pandemia. Como está o funcionamento desses polos? Deu certo ou não?
O que está sendo feito com todo alimento comprado para este ano escolar? No Portal de Licitações da Prefeitura, O LONDRINENSE encontrou quatro licitações realizadas depois do início da suspensão das aulas. Uma em abril, na modalidade registro de preços para aquisição de produtos cárneos para alimentação escolar, no valor de R$6.305.870,00; uma junho, também na modalidade registro de preços, para aquisição de fórmulas infantis, no valor de R$381 mil; uma em setembro, na modalidade pregão para aquisição de materiais descartáveis para o programa de Alimentação Escolar, no valor R$4.770.000,00; e a última, ainda em andamento, registro de preços para aquisição de alimentos, no valor de R$4.889.376,50.
O LONDRINENSE tentou falar, durante todo o dia, nesta quinta-feira (5), com a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, para esclarecer esses assuntos. Mas, até às 17h52, não conseguiu ser atendido. Também tentou a Gerência de Alimentação Escolar, porém foi informado que só a secretária poderia falar. Além disso, ligou para três telefones do presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar (CAE), Cícero Cipriano Pinto, durante dois dias, na quarta-feira (4 ) e nesta quinta, mas ele não atendeu as ligações.
O LONDRINENSE está aberto para que a secretária e o presidente do CAE se manifestem. Precisamos esclarecer como está a situação dessas crianças, há oito meses sem aulas e sem merenda.
Foto: VisualHunt