Projeto de Lei estadual que altera administração dos HUs e melhorais para o povo Kaingang estão na pauta de discussões dos vereadores
Telma Elorza com assessorias
DDepois de passar quase um ano inteiro envolvidos em assuntos e projetos de lei irrelevantes, os vereadores de Londrina, por fim, acertaram e marcaram duas reuniões públicas para discutir assuntos urgentes e importantes para a comunidade londrinense.
A primeira é a reunião pública para debater a privatização de hospitais universitários, em pauta na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A proposta é do governador Ratinho Jr. A Comissão de Seguridade Social da Câmara de Vereadores de Londrina convocou reunião pública para debater o PL 522/2022 e possíveis encaminhamentos. Estarão participando os vereadores e foram convidados representantes da Prefeitura, Ministério Público, Conselhos Municipais e outros.
O HU de Londrina atende 350 municípios, sendo 250 só do Paraná. A média mensal é de 14.626 atendimentos.”O HU corre sérios riscos e a população precisa saber disso. Trata-se de um hospital 100% SUS, que atende 1 milhão de pessoas. Além de ser a maior referência de hospital escola do Norte do Paraná. Temos o dever de nos unirmos em defesa do nosso HU”, afirma a presidente da Comissão de Seguridade Social, vereadora Lenir de Assis (PT).
HU e Universidade Estadual de Londrina (UEL) já se posicionaram contra o projeto de lei. Leia aqui.
A reunião acontece nesta segunda-feira (5), às 10 horas, na sala de sessões da Câmara Municipal. Terá transmissão on-line pelo site e redes sociais da Câmara (links abaixo).
Kaingang
Na quarta-feira (7), às 19 horas, o grupo de trabalho (GT) – criado em maio deste ano com o objetivo de debater melhorias para o povo Kaingang de Londrina e Tamarana – apresentará seu relatório final, na Sala de Sessões da Câmara de Londrina, em reunião pública coordenada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa da Cidadania da CML.
Integrado por representantes do Legislativo, indígenas, Fundação Nacional do Índio (Funai), das prefeituras de Londrina e Tamarana, do governo do Paraná, do Ministério Público do Paraná, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o GT apresentará propostas de soluções para alguns dos problemas atuais dos Kaingang que vivem na Reserva Apucaraninha, em Tamarana, como a falta de um abrigo adequado para os indígenas que estudam em Londrina ou que se deslocam para o município com a intenção de vender artesanato.
Embora a terra indígena fique em Tamarana, a itinerância é uma característica da cultura Kaingang. Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a vereadora Lu Oliveira (PL) lembra que a permanência da comunidade indígena no Vãre – Centro de Referência, Memória e Cultura Indígena, na marginal da Avenida Dez de Dezembro, é alvo de discussão há muito tempo. O espaço, localizado em área de preservação ambiental, está em litígio.
“A questão indígena na nossa cidade está tentando ser resolvida há mais de 20 anos. Eles estão ali no fundo de vale, às margens da Dez de Dezembro, vivendo em condições extremamente desumanas. Existe uma fossa lá que transborda fezes, as casas não podem nem ser chamadas de casas, porque são barracos. A área já sofreu com alagamentos por causa do córrego que fica ali pertinho, já sofreu com incêndio”, afirmou a vereadora, que integra a comissão ao lado dos vereadores Matheus Thum (PP), vice-presidente; e Lenir de Assis (PT), membro.
As reuniões públicas serão realizadas na Sala de Sessões da Câmara de Londrina, com transmissão em tempo real pelos canais do Legislativo no Facebook e Youtube.
Foto: Arquivo/CML
2 Comentários
Isso interessa a toda a sociedade. Não podemos aceitar a privatização do HU. A lógica privada não se aplica a metodologia de um hospital unversitário. Toda a sociedade londrinense irá perder… Não somente o HU, mas tambem a privatização das escolas.. é um retrocesso que não podemos permitir como sociedade.
Quem sãos os reais interessados nessa privatização das escolas e HUs que o Ratinho quer beneficiar? Com a ajuda dessa Alep vendida.
Porque é muito mais lucrativo e já pega tudo pronto pra “administrar”, ganhando muito dinheiro público.
O Hospital da Zona Norte já teve um atendimento excelente, antes de privatizar a gestão. Eu já precisei de atendimento antes e depois, por isso afirmo com segurança. Já ouvi até servidor reclamando que tudo piorou.
Pois é, reelegeram o Rato empresário. Com o Requião, isso jamais aconteceria.