Skip to content
Você prefere a casa caixote, minimalista, moderna ou a clássica, com seus detalhes e ornamentos elaborados?

Casa caixote X casa clássica: qual a sua preferida?

Por Mariana Coppo

Quem nunca se aventurou em uma discussão sobre qual o melhor estilo: casas clássicas com telhados e janelas charmosas, ou casas modernas, as chamadas “casas caixotes”, todas quadradas e “sem personalidade” que atire a primeira pedra. Esse debate mostra como a arquitetura é cheia de estilo e personalidade, onde cada um tem sua opinião formada, mas também reflete o jeito que os indivíduos analisam o passado e o presente.

LEIA TAMBÉM

Para iniciarmos o tema, precisamos entender o contexto histórico das residências na arquitetura. As casas com telhado inclinado têm uma longa história que remonta a séculos passados. Essa característica arquitetônica foi influenciada por uma combinação de fatores geográficos, climáticos, culturais e tecnológicos, que moldaram o desenvolvimento das construções ao longo do tempo.

A inclinação dos telhados nas casas tradicionais servia principalmente para lidar com as condições climáticas variáveis em diferentes regiões do mundo. Em áreas com muita neve ou chuvas intensas, um telhado inclinado permitia que a água ou a neve escorressem facilmente, evitando o acúmulo excessivo que poderia danificar a estrutura. Além disso, a inclinação ajudava a criar um espaço no sótão, muitas vezes utilizado para armazenamento. Com a sua popularização, este estilo passou a  representar tradições locais, valores da comunidade e um senso de pertencimento à comunidade.

Arquitetura clássica – Foto: Freepik

Casa caixote

Já as casas modernas, com estilo “caixote”, surgiram com o movimento modernista do século XX. O estilo de arquitetura minimalista que, muitas vezes, inclui casas quadradas e de design simplificado, como uma resposta à industrialização, urbanização e mudanças sociais que estavam ocorrendo rapidamente na época.

O minimalismo se concentra na ideia de “menos é mais”, buscando simplificar a forma e a função das construções. Ele se afasta dos ornamentos e detalhes excessivos que eram comuns em muitos estilos arquitetônicos anteriores. Em vez disso, o foco é na pureza das linhas, na simplicidade das formas geométricas e na redução de elementos desnecessários.

Analisando o ponto de vista emocional e funcional, as casas clássicas – com telhado inclinado e janelas bonitas – trazem uma sensação de nostalgia e tradição. Elas lembram tempos passados e fazem o observador se sentir em casa. As janelas grandes deixam o sol entrar, iluminando tudo por dentro e criando um clima aconchegante. Os detalhes nos telhados e paredes dão um toque especial e fazem cada casa ser única.

Já as casas modernas são mais retas e funcionais. Elas têm um estilo minimalista que combina com a vida agitada de hoje. Com linhas retas e formas simples, elas mostram que menos é mais. A ideia é ser prático e eficiente, sem muita frescura. Isso pode ser ótimo, mas tem quem reclame que falta um pouco de personalidade. Às vezes, tanta simplicidade acaba deixando as casas parecidas demais umas com as outras.

A grande verdade é que cada um tem seu gosto na arquitetura. Sempre existirá os que preferem a sensação de voltar no tempo com as casas clássicas, enquanto outros acham que as casas modernas são o futuro. E não tem certo ou errado nisso, porque a arquitetura é uma mistura de tradição e inovação. O importante é que essas discussões nos fazem pensar sobre o que valorizamos em um lar e como a arquitetura pode contar a história do nosso tempo. 

Hoje em dia, embora a tecnologia tenha avançado e novos materiais estejam disponíveis, a influência histórica das casas com telhado inclinado ainda é visível em muitas construções. Aqui no nosso escritório, sempre atendemos clientes com os mais variados gostos para projetos arquitetônicos, validando todos. Com isso, percebemos que, na maioria das vezes,, a arquitetura contemporânea incorpora elementos de design que fazem referência a essas tradições, combinando-as com inovações modernas para criar um equilíbrio entre passado e presente, e assim, continuaremos escrevendo a história.

Mariana Coppo

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina, pós graduada em Arquitetura de Interiores pela Universidade Filadélfia, especialista e precursora em Arquitetura Sensorial ligada à neurociência. Siga-me no Instagram @marianacoppo.arquitetura e visite nosso site www.marianacoppoarquitetura.com. Whatsapp (43) 98855-6754

Leia mais artigos sobre Arquitetura Sensorial

(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

Compartilhar:

1 comentário

  1. Muito bom Mariana seus esclarecimentos a respeito desse assunto. Parabéns

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Designed using Magazine Hoot. Powered by WordPress.