Por André Sell
Caros leitores e amigos d’O Londrinense,
O assunto dessa vez será sobre Home Office, a nova e tão bem recebida modalidade de trabalho atualmente. Começou timidamente nos finais dos anos 1990 ainda de modo incipiente e, com a pandemia, acabou se tornando uma necessidade. Foi um impacto, mas muitas empresas descobriram, pela situação, que tinham nessa modalidade a maneira para continuar a produzir sem ter a presença física dos trabalhadores nas suas dependências, o que foi muito bem aceito e acabou se tornando uma realidade.
No plano empresarial, muitas puderam enxugar seus espaços físicos, com a consequente economia gerada (aluguéis, luz e todo custo de manutenção que ficou reduzido). Para os trabalhadores, a experiência foi, em muitos casos, gratificante e deu resultados bem animadores. Para outros nem tanto, mas as mudanças são assim, sempre.
No tocante à Arquitetura, na área de Interiores, houve um aumento de trabalho em projetos nesse nicho. Partes do ambiente familiar foram afetados: um cantinho da sala sofreu adaptações; também nos quartos a intervenção foi bastante significativa. Alguns foram transformados em escritórios, outros adaptados para a convivência com o trabalho feito agora nas suas residências. Outros casos, em residências maiores, até os antigos quartos de empregada se transformaram em novas áreas para o trabalho, ou até as edículas.
Através da criatividade, muitas soluções foram colocadas em prática e muitas inovações criadas. Um item sempre importante, e é aí que temos que focar, é sobre a disciplina de quem vai fazer uso desse novo espaço, integrado ou não, para que o “modo casa” não interfira no “modo escritório”! Isso inclui a educação familiar (cônjuges, filhos e quem mais porventura residir nessa casa). Em se conseguindo resolver esse fato, aproveite essa nova modalidade de vida.
E chame seu Arquiteto para ajudá-lo na adaptação do espaço de forma correta e charmosa.
André Sell
Catarinense, formado em Arquitetura e Urbanismo no Rio de Janeiro e morador de Londrina há 3 décadas. Arquiteto por vocação, inquieto e curioso, atua nas mais diversas áreas como projetos residenciais , comerciais e corporativos e Interiores. Foi presidente do CEAL, é atualmente Conselheiro do CAU/PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná) pela região de Londrina pela terceira vez. Lecionou também em faculdades de Arquitetura, na graduação e na pós-graduação. Tem projetos, além do Paraná, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Foto: Acervo pessoal