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Afinal, o que significa o conceito de família?

Por Fábio Luporini

Ao longo dos anos, das décadas e dos séculos, o conceito de família sofreu mudanças e alterações, foi ampliado e alterado e adaptou-se às transformações dos tempos. Afinal, o que é ou o que se considera como família? Na Grécia Antiga, por exemplo, apesar de toda a realidade filosófica e reflexiva, o homem era considerado o chefe familiar, a quem a mulher e os filhos eram submetidos. Já as mulheres, estavam sempre subordinadas a alguém: pai, irmão, marido, filho ou um tutor.

Este conceito, entretanto, já não cabe mais nos dias de hoje. Até mesmo com o impulso filosófico, demorado, mas, importante, o entendimento que se tem sobre a família foi se transformando com o tempo. Se, antes, era uma visão machista e monogâmica, a realidade atual permite até que seja mais feminista e menos monogâmica. Ou seja, as configurações dependem de cada pessoa, dos acordos entre os membros do núcleo familiar e das relações afetivas.

Aliás, o direito já considera a família fundamentada numa relação de afeto, não mais apenas ou tão somente num vínculo sanguíneo. Dessa maneira, é possível incluir relações adotivas ou, até mesmo, poligâmicas, como diversos trisais que se formam. E aqui vale um adendo. De fato, a religião e grupos religiosos defendem uma visão acerca da família. E não há nada de errado nisso, desde que prevaleça o respeito e a dignidade, além da liberdade individual de se escolher que tipo de formação familiar se quer ter.

Por outro lado, também é preciso considerar a legitimidade de pessoas e grupos que queiram quebrar tabus e tradições em relação ao conceito de família. E está tudo bem, desde que todos consigam conviver bem em sociedade, apesar das diferenças. Assim, não tem problema chamar o amigo de irmão ou ter dois pais ou duas mães. Ou só a avó, só o avô, só as tias. O mundo chegou até aqui mudando e adaptando a visão sobre esse vínculo, conseguirá chegar muito mais longe quando a gente respeitar mais e melhor aquilo que é diferente.

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.

Foto: Pexels

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