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A percepção social que se tem da saúde e da doença

Por Fábio Luporini

Não sei se eu sou uma pessoa extremamente prática, mas, quando diz respeito a questões ligadas à morte e a doenças, aparentemente, transmito uma sensação confundida com frieza. Nada disso. É que, em pleno século XXI, a compreensão que temos acerca da saúde é bastante ampla e há muitas alternativas e soluções para os problemas enfrentados. Se precisa de vacina? Tem! Se é necessário internar-se num hospital para resolver alguma doença, isso é possível! Basta um remédio? Temos também!

Nem sempre foi assim. Outrora, em temos remotos e distantes, os seres humanos tinham outros tipos de relações com a doença. Às vezes, ainda hoje é assim. Talvez por crenças bíblicas ou por explicações mitológicas (greco-romanas ou nórdicas), muitas pessoas associavam as doenças a justificativas do tipo: perda da alma, possessão demoníaca, castigos divinos e até bruxarias e feitiços. Na maioria das vezes, superstições que encontram na fé uma explicação confortável para o sofrimento que se vive naquele momento.

Entretanto, com o nível de conhecimento que nós temos hoje, é perfeitamente possível acreditar na ciência. Mesmo ela não tendo certeza absoluta nem resposta para muitas das perguntas que ainda são feitas no mundo. Alguns argumentam que certas vacinas e remédios são produzidos com o interesse comercial dos grandes laboratórios e empresas. E é verdade. Não duvido disso não. Todavia, são mecanismos eficazes de recuperação da saúde ou prevenção de doenças.

Um exemplo é a vacina contra a Covid-19. Não titubeei e, assim que foi possível, tomei a primeira e a segunda dose, no ano passado. A terceira veio neste ano. Como a quarta estava demorando, fui até um posto de saúde em São Paulo, para onde viajei, e tive a seringa aplicada no braço, sem qualquer problema. O importante é poder proteger o organismo o máximo que for possível, já que não conseguiremos ficar sem ter contato com as doenças por aí. O mesmo vale para outras doenças.

Então, não me venha questionar a aplicabilidade nem a eficácia vacinal, nem tampouco querer me empurrar remédios sem eficácia comprovada para qualquer tipo de doença. Não sou ema para engolir cloroquina.

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.

Foto: Arquivo/AEN

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